
Monica Freitas
Property Advisory
O IMOBILIÁRIO EM PORTUGAL
O mercado imobiliário português registrou um grande desenvolvimento nos últimos 20 anos, quer pela qualidade construtiva, cada vez mais sustentável, quer pela evolução do poder de compra da população, que atingiu o seu ponto alto no princípio dos anos 2000, e tem vindo a recuperar desde 2013, a seguir à crise. Os arquitetos portugueses têm merecido o reconhecimento das mais prestigiadas instituições internacionais pela qualidade do seu trabalho, com destaque para os galardoados com o Prémio Pritzker, Eduardo Souto Moura e Álvaro Siza Vieira.

Parque da Cidade, Porto
Por outro lado, preços bastante atrativos fazem do imobiliário em Portugal um setor competitivo e confiável. Mas, ainda assim, o imobiliário português não registrou um crescimento exagerado, como aconteceu noutros países da Europa. Os principais indicadores contrariam a existência de uma bolha imobiliária em Portugal, o que por si comprova de que existem condições competitivas para o investimento no setor, um porto seguro para o investimento interno e externo.
Portugal é, também, um dos melhores países do mundo para comprar casa porque tem regras fiscais claras e transparentes e proporciona facilidades na obtenção de autorização de residência, na sequência de disposições legais mais atraentes para investidores estrangeiros. Disponibiliza, ainda, um regime especial para residentes não habituais, visando atrair investidores estrangeiros através de taxas tributárias sobre o rendimento muito favoráveis. Além destas, destacamos outras vantagens:
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Não há imposto sobre o patrimônio em Portugal e não há nenhuma obrigação de declarar quaisquer bens para as autoridades fiscais portuguesas (apenas rendimentos);
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Heranças e doações, entre ascendentes e descendentes (ex : pai para filho, ou avô para neto, ou filho para a mãe ) e marido e mulher, estão isentos do imposto;
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Outras heranças e doações (como tio para um sobrinho ou pessoas não relacionadas) são tributados a uma taxa fixa de 10% sobre os ativos localizados em Portugal (os outros ativo serão não sujeitos a imposto);
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Portugal faz parte da UE e do espaço Schengen ;
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Para os cidadãos de países que não são membros da UE ou do espaço Schengen, Portugal aprovou em 2012 o "Golden Visa Programa " (apesar de se tornar um residente Português para fins fiscais e beneficiar do regime NHR, uma autorização de residência não é necessária );
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Os cidadãos portugueses podem beneficiar do regime, o que faz com que o regime seja especialmente aliciante para emigrantes portugueses.

Apesar de o impacto do confinamento provocado pelo Coronavírus, os investidores estrangeiros não perderam o interesse em Portugal, verificando-se mesmo uma clara retoma no segmento internacional. O interesse estrangeiro pelo mercado imobiliário, ainda que moderado durante a crise pandémica, manteve-se. Pode haver projetos adiados, investimentos congelados, mas o imobiliário dá sinais de recuperação, com o interesse externo a ganhar nova força e a atenuar algumas quebras no setor. Segundo a Cushman & Wakefield, há cerca de sete mil milhões de Euros disponíveis para investir no mercado nacional, de acordo com um inquérito realizado em 2020, entre os dias 6 e 17 de maio a 53 investidores e cujas conclusões foram publicadas no dia 6 de julho. A consultora acrescenta ainda que “muitos investidores demonstram a sua disponibilidade para negócios oportunistas nesta altura, enquanto que os players mais conservadores aguardam ainda para ver o desenrolar da situação, estando, contudo, prontos para investir num futuro próximo”.
Rodrigo da Fonseca, Lisboa

Palácio Cedofeita, Porto
Portugal está igualmente entre os melhores países do mundo para fazer negócios: a revista de negócios Forbes coloca Portugal em 25º lugar, sendo a lista constituída com base em 141 países. Elementos como os direitos de propriedade, a inovação e tecnologia, a liberdade (individual, comercial e monetária) e a proteção dos investidores foram tidos em conta nesta avaliação. Quanto ao potencial do mercado português, este ficou refletido num estudo do Banco Mundial que, no seu relatório "Doing Business”, colocou Portugal em 39.º lugar, num ranking de 185 economias avaliadas com o melhor desempenho regulatório ao nível do número de procedimentos

Parque das Nações, Lisboa
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Chiado, Lisboa

Alfama, Lisboa

Torre Miramar, Foz do Douro, Porto